Pesquisadores
da Faculdade de Medicina (FM) da Unesp, Câmpus Botucatu, podem ter dado um
importante passo na busca por um tratamento eficaz para pacientes vítimas de
infarto do miocárdio. Ao utilizarem alecrim misturado à ração de ratos
infartados, os estudiosos descobriram que a substância atenuou o processo de
remodelação cardíaca e melhorou a função do coração.
O trabalho “Suplementação de alecrim na ração de
ratos submetidos a infarto agudo do miocárdio: estudo ecocardiográfico” - tese
de doutorado da aluna Bruna Paola Murino Rafacho - conquistou o primeiro lugar
durante o XI Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca, realizado em
Gramado - RS, entre 31 de maio e 2 de junho deste ano. A doutoranda foi
orientada pelo professor Sérgio Paiva, do Departamento de Clínica Médica da FM.
Bruna conta que o grupo optou por
utilizar o alecrim, pois já havia feito outras pesquisas utilizando vitaminas
isoladamente. Dessa vez, preferiram tentar uma alimentação mais completa.
Foram utilizados 8 ratos em cada
grupo e a pesquisa teve duração de três meses. A autora admite que os
resultados abrem perspectivas otimistas de que o estudo possa evoluir para a
fase clínica - envolvendo seres humanos - e a eficácia do tratamento possa ser
comprovada para o tratamento de pacientes vítimas de infarto do miocárdio.
“Podemos chegar nos testes em
seres humanos em médio ou longo prazo. Antes, precisamos entender como é o
mecanismo de ação do alimento na remodelação do coração. Também podemos estudar
outros alimentos que, associados ao alecrim, possam potencializar esses efeitos
positivos para o coração”, afirmou o docente.
Assim como acontece com os
medicamentos, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é o órgão
responsável por fiscalizar a utilização de alimentos para fins terapêuticos.
Leandro Rocha/ Assessoria de
Comunicação e Imprensa da FM/Botucatu.
Imagem: cati.sp.gov.br
FONTE: Portal Unesp
FONTE: Portal Unesp
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